18 de maio de 2010

Tá osso!


Às vezes tenho a sensação de que estou fazendo as coisas pela metade, mal feitas, empurrando tudo com a barriga e me sinto frustrada por não me dedicar como eu acho que deveria à todos os campos da minha vida.

Na faculdade, por exemplo, tenho certeza de que agora “me encontrei” ao estar cursando ciências sociais e tals, porém me sinto extremamente incompetente ao não dedicar tempo suficiente ao curso, ao estar lendo o mínimo que deveria e principalmente por não ter encontrado a forma certa de me dedicar aos estudos. Ando deixando tudo para última hora e quando o trabalho sai, não fica lá grandes coisas.

Meu sonho? Viver pra estudar, com alguém bancando minhas pesquisas, meus projetos, meus devaneios acadêmicos.

No trabalho, é mais ou menos a mesma coisa. Às vezes penso que estou no lugar certo, mas com a função errada. Amo a área que trabalho, mas confesso que mexer com dinheiro dos outros é o Ó do borogodó... me sinto entediada e sem perspectivas de crescimento e vejo todo meu potencial ser desperdiçado... Não sei por onde começar a mudança para me sentir feliz profissionalmente, porque meus caros, eu gosto de trabalhar e gosto ainda mais de ganhar dinheiro e para isso eu não posso me dar ao luxo de virar madame.

No casamento, muitas vezes me sinto a pior das esposas. Penso que deveria ser mais carinhosa, mais gente fina, mais compreensiva e finalmente mais animada para dar igual chuchu na rama para meu maridão. O cansaço e o desanimo muitas vezes tem feito com que eu deixe tudo para depois... hunf.

Com meu corpicho também não tenho sido nada competente. Todos os finais de semana e uma ou outra vez durante a semana, mando para dentro do pobre, doses cavalares de álcool, gordura e afins. Coca-cola e mc donalds(big mc do capeta) é meu novo vício. Resultado: muitos kilos a mais na balança, pele sem viço, desanimo e fôlego de uma idosa de 154 anos.

As vezes acho que se eu tivesse que escolher entre uma boa massagem e fazer amor, escolheria a massagem. Não que eu não fosse gostar de uma bela trepada – amo meu marido e o desejo nunca morre – Mas isso é resultado de insatisfação com o trabalho, tempo e mente.
Tenho que tomar cuidado para que essa minha fase “oh céus, oh vida, oh azar” não invada meus lençóis.

Há que se ter muita paciência e paciência e paciência com a entediada que vos tecla. Até o meu ritmo voltar ao normal, para que o ânimo se acenda e para que eu enxergue a luz no fim do túnel.
Me bate uma vontade louca de sair correndo, gritando, pelada dentro do túnel. Começo a buscar soluções mirabolescas para meu tédio e insatisfações.

Viajo pra cassete e durmo poucas horas por dia.

Sim, meus caros: estou de Tpm e espero que ela não te contagie.


Obs: favor desconsiderarem o post acima.... tenho 30 anos e a crise me atacou.