Terminei ainda à pouco de ler A cidade do sol de Khaled Hosseini. Sempre tive um certo receio dos “os mais vendidos”, mas me rendi intensamente à forma como o autor narra a história de duas mulheres com vidas distintas, repletas de sofrimento, dor e humilhação, além do amor. Vidas que se passam no Afeganistão tão bem retratado pelo autor.
O fato é que a história de Mariam e Laila atormentaram meus pensamentos e meu coração. É um livro que provoca a indignação, a revolta e até mesmo a rebeldia. . Vida que se esvai com o sofrimento. Sonhos menosprezados. Compaixão. Generosidade. Esperança.
Para que eu não o esqueça deixo para mim alguns trechos do livro que me fizeram ir às lágrimas e que me provocou de tantas maneiras
“Nosso watan chama-se agora Emirado Islâmico do Afeganistão. Eis as leis que começam a vigorar e às leis e às quais todos devem obedecer:....
“Nosso watan chama-se agora Emirado Islâmico do Afeganistão. Eis as leis que começam a vigorar e às leis e às quais todos devem obedecer:....
.... Atenção mulheres:
Vocês deverão permanecer em casa. Não é adequado uma mulher circular pelas ruas sem estar indo a um local determinado. Quem sair de casa deverá se fazer acompanhar de um mahram, um parente do sexo masculino. A mulher que for apanhada sozinha na rua será espancada e mandada de volta para casa.
Vocês não deverão mostrar o rosto em circunstancia alguma. Sempre que saírem à rua, deverão usar a burqa. A mulher que não fizer isso será severamente espancada.
Estão proibidos cosméticos.
Estão proibidas as jóias.
Vocês não deverão usar roupas atraentes.
Só deverão falar quando alguém lhes dirigir a palavra.
Não deverão olhar um homem nos olhos.
Não deverão rir em publico. A mulher que fizer isso será espancada.
Não deverão pintar as unhas. A mulher que fizer isso perderá um dedo.
As meninas estão proibidas de freqüentar a escola. Todas as escolas femininas serão fechadas.
As mulheres estão proibidas de trabalhar.
A mulher que for culpada de adultério será apedrejada até a morte.
Ouçam. Ouçam bem. Obedeçam.” – págs 244 e 245
“Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontrará uma mulher à sua frente. Sempre.” – pág.12
“Não se podem contar as luas que brilham em seus telhados,
Nem os mil sóis esplêndidos que se escondem por trás de seus muros.”
Leiam, queridões. Bebam dessa fonte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário