24 de junho de 2010

Livros da minha vida


Terminei ainda à pouco de ler A cidade do sol de Khaled Hosseini. Sempre tive um certo receio dos “os mais vendidos”, mas me rendi intensamente à forma como o autor narra a história de duas mulheres com vidas distintas, repletas de sofrimento, dor e humilhação, além do amor. Vidas que se passam no Afeganistão tão bem retratado pelo autor.
O fato é que a história de Mariam e Laila atormentaram meus pensamentos e meu coração. É um livro que provoca a indignação, a revolta e até mesmo a rebeldia. . Vida que se esvai com o sofrimento. Sonhos menosprezados. Compaixão. Generosidade. Esperança.

Para que eu não o esqueça deixo para mim alguns trechos do livro que me fizeram ir às lágrimas e que me provocou de tantas maneiras


“Nosso watan chama-se agora Emirado Islâmico do Afeganistão. Eis as leis que começam a vigorar e às leis e às quais todos devem obedecer:....

.... Atenção mulheres:

Vocês deverão permanecer em casa. Não é adequado uma mulher circular pelas ruas sem estar indo a um local determinado. Quem sair de casa deverá se fazer acompanhar de um mahram, um parente do sexo masculino. A mulher que for apanhada sozinha na rua será espancada e mandada de volta para casa.

Vocês não deverão mostrar o rosto em circunstancia alguma. Sempre que saírem à rua, deverão usar a burqa. A mulher que não fizer isso será severamente espancada.

Estão proibidos cosméticos.

Estão proibidas as jóias.

Vocês não deverão usar roupas atraentes.

Só deverão falar quando alguém lhes dirigir a palavra.

Não deverão olhar um homem nos olhos.

Não deverão rir em publico. A mulher que fizer isso será espancada.

Não deverão pintar as unhas. A mulher que fizer isso perderá um dedo.

As meninas estão proibidas de freqüentar a escola. Todas as escolas femininas serão fechadas.
As mulheres estão proibidas de trabalhar.

A mulher que for culpada de adultério será apedrejada até a morte.

Ouçam. Ouçam bem. Obedeçam.” – págs 244 e 245


“Assim como uma bússola precisa apontar para o norte, assim também o dedo acusador de um homem sempre encontrará uma mulher à sua frente. Sempre.” – pág.12

“Não se podem contar as luas que brilham em seus telhados,
Nem os mil sóis esplêndidos que se escondem por trás de seus muros.”


Leiam, queridões. Bebam dessa fonte.

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