13 de junho de 2008

...E Foi Perfeito

foto:site de fotos
Olá queridos, diria que meu dia dos namorados foi pleno. Del fez surpresa pra mim!!! Primeiro ele me deu de presente um chaveiro que é a primeira letra do meu nome, que eu, muito educadamente, agradeci e ainda disse que era lindo e horas depois ele me deu um anel solitário com 4 pontos de brilhantes. Simplesmente amei... Que mulher não gosta de ganha jóias, não é mesmo?
Fomos em um restaurante super charmoso: Jardim de Minas, que fica no bairro Jaraguá, em frente à Igreja Santo Antônio que iremos casar. Melhor lugar impossível.
Quem quiser conhecer, super indíco:http://www.jardimdeminas.com.br/

Depois coloco fotos dos nossos presentes aqui. Vou tratar de registrar para a posteridade.

O meu anel é um desse aí da foto...



Ai ai.. estou nas nuvens. E para combinar com minha melação aí vai um poema lindo de viver.




Ter ou não ter namorado, eis a questão
Atribuído a Carlos Drummond de Andrade,mas é de Artur da Távola


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias remuneradas de
si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de
verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem,
quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabira, flerte, caso, transa,
envolvimento, até paixão é fácil. Mas namorado mesmo é muito difícil. Namorado
não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando
se chega ao lado dele a gente treme, sua frio, e quase desmaia pedindo proteção.
A proteção dele não precisa ser parruda ou bandoleira: basta um olhar de
compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado não é quem não tem amor:
é quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois
paqueras, um envolvimento, dois amantes e um esposo; mesmo assim pode não ter
nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto da chuva, cinema, sessão
das duas, medo do pai, sanduíche da padaria ou drible no trabalho. Não tem
namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar
lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pactos de amor
apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade, ainda que
rápida, escondida, fugidia ou impossível de curar. Não tem namorado quem não
sabe dar o valor de mãos dadas, de carinho escondido na hora que passa o filme,
da flor catada no muro e entregue de repente, de poesia de Fernando Pessoa,
Vinícius de Moraes ou Chico Buarque, lida bem devagar, de gargalhada quando fala
junto ou descobre a meia rasgada, de ânsia enorme de viajar junto para a
Escócia, ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo, tapete mágico ou foguete
interplanetário. Não tem namorado quem não gosta de dormir, fazer sesta
abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do
próprio amor nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos
olhos dele; abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem
não redescobre a criança e a do amado e vai com ela a parques, fliperamas, beira
d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical
da Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica
livros, quem não recorta artigos, quem não se chateia com o fato de seu bem ser
paquerado. Não tem namorado quem ama sem gostar; quem gosta sem curtir quem
curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado
de repente no fim de semana, na madrugada ou meio-dia do dia de sol em plena
praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar, quem namora sem
brincar, quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir
junto com ele. Não tem namorado que confunde solidão com ficar sozinho e em paz.
Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de
ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e
você vive pesando 200Kg de grilos e de medos. Ponha a saia mais leve, aquela de
chita, e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e
escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração
estouvado, saia do quintal de si mesma e descubra o próprio jardim. Acorde com
gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha
intenção de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se
o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de
borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e
palavras de galanteio. Se você não tem namorado é porque não enlouqueceu aquele
pouquinho necessário para fazer a vida parar e, de repente, parecer que faz
sentido.

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