11 de março de 2011

Sim, eu ando de moto

Ontem andei de moto. SOZINHA. Coisa excepcional? Sim, para essa pessoa que vos tecla.


Tirei a minha carteira como vocês podem conferir nos arquivos, há mais de 1 ano. Ganhei uma moto Kansas lindona de maridão de presente surpresa do natal de 2009, fui lá peguei 8 aulas, tirei a carteira e na hora de andar sozinha travei! (tirei carteira em junho de 2010).

Moto é uma “parada” que se aprende mais sozinha no dia-a-dia do trânsito do que em pistas de moto escolas. Lá você aprende a andar à 20 km/hora e só anda de primeira. Marcha? Isso não pertence a filosofia de aprendizado das moto escolas. Ou seja, vc aprende o equilíbrio e o controle de embreagem, o resto se vira!

Pois bem, pensei que com a carteira e moto- zero- preta- linda sairia pilotando pelo transito de BH linda, loira e japonesa. Doce ilusão feminina.

Subi as machas direitinho, equilíbrio de prima qualidade, mas quando resolvi baixar a macha da terceira para a primeira: a macha caiu de uma vez, a roda travou e eu saí derrapando. Como uma motoqueira puxei a embreagem, freio e meti o pé no chão. Não levei o tombo esperado. Porém nunca mais fui a mesma. Minha coragem e vontade minaram. O peso na consciência veio, pois me senti ingrata com meu esposo. Um presente tão bacana e útil gerando gastos e empoeirando na garagem e a louca arrependida andando de ônibus.

Um belo dia de domingo, nas ruas desertas de Joinvile, demos de cara com uma moto, no estilo ‘motoneta-italiana’. Foi amor a primeira vista. Tudo que eu queria: sem machas!

Maridão comovido e com certeza cansado de me ver reclamar da vida dentro de um ônibus, sugeriu que eu vendesse a Kansas e comprasse a tal  scooter Lead da Honda.



E assim foi feito. Moto nova, carteira renovada, chuva dando uma trégua e ontem eu fui toda independente andar de moto. Andei de verdade: sem medo, com cuidado e prudência e sem neuras. Sentir a sensação de liberdade não me teve preço.

Pensei com meu capacete: como o medo pode travar tanto a vida de una persona.





Solicitação: invoquem seus santos, Deuses, Deus e seus anjos, a força da natureza, os orixás e patuás para que eles possam me proteger nesse trânsito louco, pois como bem sabemos se eu cair de moto o mal menor será vários ralados de asfalto no corpitcho, que só se curam com mertiolate passado à brocha.

4 comentários:

Um brasileiro disse...

oi. estive aqui. parabéns. é isso aí. agora é só alegria. apareça por la. abraços.

Lara Mello disse...

Tenho muito medo de moto.. Muito medo mesmo! Mas sorte para ti amiga de infância!! Bju

Cris Medeiros disse...

Sempre tive pânico de moto. Uma vez tive um namorado que trazia sempre mais um capacete para eu sair com ele... Nunca rolou, a gente saia de taxi mesmo... rs

Beijocas

Unknown disse...

E isso mesmo tem andar sozinha afinal vocês mulheres já são independentes, até governa o país.