13 de janeiro de 2011

Mais um bom livro

Terminei ontem de ler o livro Precisamos falar sobre o Kevin de Lionel Shirever e fiquei um tanto atordoada com a narrativa da autora. É como um soco no estômago. Impressionante como a autora toca em pontos tão perturbadores como: “será possível uma mãe odiar o próprio filho?” , além de falar sobre a arrogância do povo americano e mostrar que é preciso desconstruir para encontrarmos certa respostas.


Uma bofetada em cada página.

Um questionamento à cada página.

Uma perfeição em todo conteúdo.





Sinopse


Lionel Shriver realiza uma espécie de genealogia do assassínio ao criar na ficção uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas. Aos 15 anos, o personagem Kevin mata 11 pessoas, entre colegas no colégio e familiares. Enquanto ele cumpre pena, a mãe Eva amarga a monstruosidade do filho. Entre culpa e solidão, ela apenas sobrevive. A vida normal se esvai no escândalo, no pagamento dos advogados, nos olhares sociais tortos.


Transposto o primeiro estágio da perplexidade, um ano e oito meses depois, ela dá início a uma correspondência com o marido, único interlocutor capaz de entender a tragédia, apesar de ausente. Cada carta é uma ode e uma desconstrução do amor. Não sobra uma só emoção inaudita no relato da mulher de ascendência armênia, até então uma bem-sucedida autora de guias de viagem.


Cada interstício do histórico familiar é flagrado: o casal se apaixona; ele quer filhos, ela não. Kevin é um menino entediado e cruel empenhado em aterrorizar babás e vizinhos. Eva tenta cumprir mecanicamente os ritos maternos, até que nasce uma filha realmente querida. A essa altura, as relações familiares já estão viciadas. Contudo, é à mãe que resta a tarefa de visitar o "sociopata inatingível" que ela gerou, numa casa de correção para menores. Orgulhoso da fama de bandido notório, ele não a recebe bem de início, mas ela insiste nos encontros quinzenais. Por meio de Eva, Lionel Shriver quebra o silêncio que costuma se impor após esse tipo de drama e expõe o indizível sobre as frágeis nuances das relações entre pais e filhos num romance irretocável.


Referência: Site intriseca

Um comentário:

FlahH* disse...

Ahhh, eu preciso ler...


beijos