17 de fevereiro de 2011

Da Série Momento Keila



Me deparei essa semana com uma postagem do Senhor Crítico que me sensibilizou e emocionou. Na sua postagem ele dizia sobre suas andanças por cursos superiores e de sua nova, e me parece, que definitiva escolha e não tive como não me indentificar com suas palavras tao bem empregadas.

Bom saber que existem pessoas como eu.

Quando estava terninando o ensino médio me senti na obrigação de prestar vestibular e tinha que ser na Federal (UFMG). Acreditando no orgulho e querências de minha mãe fui tentar medicina e pronto: passei na primeira etapa e fracassei na segunda. Minha nota me aprovaria em todos os outros cursos...

A decepção ficou estampada na minha cara e resolvi dar um tempo. Somente hoje eu entendo que toda àquela minha dedicação aos estudos nos anos iniciais e ensino fundamental, que minha mãe acompanhava bem de perto, na verdade era um escape para não levantar minha cabeça dos livros diante de tamanha timidez. Era mais prático para uma pequena criança e adolescente tímida esconder-se nos livros e assim tornar-se o orgulho dos pais.

Meus pais investiam em meus estudos de acordo com suas possibilidades, sendo assim, não estudei em escolas do bairro, mas na melhor escola estadual de Minas: Estadual Central, onde Aécio Neves, Enfil e Dilma Presidente estudaram.

Nessa escola, longe dos olhos atentos de minhamãe, conheci os sabores deliciosos da cerveja e do jogo de truco. Mais matava aula do que assistia. Mas também conheci os prazeres de reeinvidicar meus direitos como estudante: participei do grêmio estudantil, vestia a camisa do Che, amava Fidel Castro e ía para as ruas exigir o passe livre para os estudantes, a liberação da maconha (embora não fumasse e continuo não fumando) e o impeachemet do Collor. E fui tentar medicina...

Depois do fracasso e de precisar e querer desesperadamente ganhar alguma grana iniciei o curso de Turismo e embora amasse, larguei no quarto período, pois ele não me proporcionaou nenhum emprego.

Tentei estudar hotelaria e novamente fui até o quarto período. O emprego rolou em forma de estágio em um hotel fazenda. Pensei que minha vida seria um tédio sem finais de semana.

Então corri para o curso de administração de empresas, precisava de algum curso que me desse condições de enfrentar o mercado de trabalho... Fiz até o quinto período. Faltou grana e empolgação. Tentei de novo e fiz mais um semestre e novamente me faltou empolgação, apesar de estar atuando na área.

Cansada de ver as pessoas formarem, de gastar tempo e dinheiro, comecei a questionar o que realmente eu gostava de fazer e concluí que amava muitas coisas e então me lembrei com saudades das aulas de antropolgia que tive com um professor super cativante e fui pesquisar sobre o curso.

Descobri que ciências sociais estuda a tal antropologia. Ponderei.

Pesquisei sobre faculdades e tudo me levava para os braços das ciências sociais. Hoje me encontrei.

Tarde? Talvez. Curso o terceiro período de licenciatura em  Ciências Socias em BH, na Faculdade Metodista. Amo!

Para completar, segui o plano B da minha vida. Dizia que se nada desse certo eu íria me tornar professora. Não por falta de opção, mas por realmente querer fazer o que fui desaconselhada por todos.

Lágrimas nos olhos: me encontrei em sala de aula. Leciono História para o ensino fundamental e para me tornar uma professora com embasamento e olhar crítico e poder prestar concurso, vou iniciar na próxima semana o curso de Licenciatura em História.

O que quero e sempre quiz da vida? Nunca parar de aprender. Se Deus permitir farei meu mestrado em antropologia... Se Deus permitir seguirei minha essência em querer mais que dinheiro, pois prefiro os lugares, as emoções, as pessoas e as experiências.

Penso e insisto, logo existo.

obs: odeio quando confundem Ciências Sociais com Serviço Social...

2 comentários:

Lara Mello disse...

Nossa.. Eu quero muito e VOU fazer cinema.. Sorte! Bju

Senhor Critico disse...

Oi keila,
Em primeiro lugar, desculpe a super demora em comentar esse seu post. Não sei por que ele passou despercebido em meu Google reader, mais enfim, antes tarde do que nunca!
Legal sobre as camisetas do Che Guevara em tempos de colégio, um dia quando eu revelar minha identidade secreta coloco fotos de meu tempo de secundário, com as camisetas do Che Guevara também rsrsrs. Nesse período só não bebi cerveja (o que não bebo até hoje), mais foi quando me viciei no Cigarro (Isso até hoje) já que cerca de 50% dos alunos eram fumantes, além do Rock que eu já gostava, a escola no período noturno era de 85% de roqueiros. E olha que maneiro, também fui de grêmio estudantil rsrs.
Vejo que você passou por muitas faculdades, eu nunca fui tãoooo estudioso, em meu currículo se passa 2 anos na 8ª série, 2 Anos na 6ª Série e 3 anos no 1º Colegial (Onde me formei através de um Supletivo mesmo..haha) Já faculdade, como falei em meu Post, a informática me cansou.
Odeio também quando confundem Ciências Sociais com Serviço Social, respeito muito esse segundo curso, porem estudamos coisas diferentes, digamos que nós, os Cientistas Sociais somos a Teoria e o Serviço Social a pratica. Não consigo me ver dando aula, talvez seja uma insegurança de ainda não dominar o conteúdo, mais consigo me ver lecionando em universidade após meu mestrado que com certeza farei ou em Sociologia ou Ciências políticas, já a Pós-Graduação, pretendo fazer algo em Políticas Publicas. Meu sonho mesmo é atuar junto a governo e ONG´s desenvolvendo soluções e projetos sociais para Cidades pequenas. Sabe aquele sonho de morar em uma cidade minúscula de 7 mil habitantes, morar ali por 1 ou 2 anos até o seu projeto estar 100%, depois mudar para outra cidade e implantar mais um Projeto ali. E claro, depois ir a uma sala de aula universitária e nas suas aulas dar exemplos “Práticos” do que você já fez.
Adorei sua postagem.
Beijos