19 de abril de 2011

O meu, o seu, o nosso pouco dinheiro

Algumas coisas me preocupam. A falta de dinheiro é uma delas. Sei que a grande maioria dos brasileiros já passou por essa preocupação, que um dia passarão e que muitos vivem com ela dia e noite.


Para mim dinheiro sempre foi a solução, mas as minhas preocupações eram outras: grana para a cerveja diária, a roupa bacana para o final de semana, a mensalidade sempre atrasada da faculdade e as viagens nos feriados... enfim, a vida para mim sorria.

Pós casamento passei a ter consciência do valor do saco de arroz e do kilo de carne, além das contas que só diziam respeito ao meu pai, água, luz, telefone, condomínio e por aí vai. Juro que não sabia o valor de um botijão de gás. O valor da cerveja, este, eu sempre soube.

Pela felicidade dos noivos, nunca precisamos nos preocupar com essas contas: sempre estamos com elas em dia, com alimentos nos armários, cerveja na geladeira e com as saídas com os amigos em dia, além de pequenas viagens...

Mas um dia, triste dia, veio um turbilhão de contas para pagar: prestações do carro e da moto, impostos e seguros, mais duas faculdades. Dividas acompanhada de orgias alimentares e divertimentos na nossa última viagem à Santa Catarina.

Importante também aprender uma regrinha básica: Viver de acordo com nossos recursos! Em outras palavras: “Não gastar o dinheiro que não temos”. De qualquer modo, o grande perigo num relacionamento é não estabelecer princípios e simplesmente seguir o chavão popular “deixa a vida me levar, vida leva eu…”. Tendo essa atitude fatalmente nos veremos diante da mesma crise financeira que se tornou o modo de vida de milhares de pessoas.

O problema é que ainda não me adaptei à economia exigida para àqueles que pretendem tirar o pé da lama e por melhor que se viva em casal a crise financeira pode abalar as estruturas românticas de um casamento. Portanto vou praticar o desapego, refrescar a mente e tomar providências para que tudo entre nos eixos novamente. A começar por cortar gastos fúteis como o sorvete e o sanduba da moda. São gastos por mim, quase diariamente, 15 pilas satisfazendo os anseios da minha gula.

Também devo resistir às idas ao cinema com pipoca e coca cola por 23 dinheirinhos, à cerveja importada, aos ingredientes luxo dos supermercados e às receitas maravilhosas da Keila.

O mais difícil será reduzir á idas aos botecos e restaurantes. Fazer a unha sozinha e cuidar da juba em casa.

E espero sinceramente, que maridão esteja lendo isso e concorde em cortarmos gastos, porque sozinha eu juro que não consigo.

Tudo pela paz.

3 comentários:

Atitude: substantivo feminino. disse...

O seu texto pode ser colado na minha, na sua, na nossa geladeira! rssrrss

Impossível sozinho quando se trata de um casal.

Vivemos esse dilema tbm. Sempre.
É difícil abrir mão de coisas que nos compensam da vida de cão que levamos: um chopp a mais, uma boa comida, uma roupinha nova.
São gastos que servem para amenizar os efeitos de um cotidiano estressado e cheio de cobranças.
Temos que ter cuidado para não errar na mão.

E eu vivo errando!

Adenilton disse...

Pode contar comigo!!!

Sempre...

Bjos

Lara Mello disse...

Sabe amiga, eu também me descontrolo as vezes e Zé pega no meu pé, e agora quero trabalhar para gastar sem culpa.. Te desejo sorte!